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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Cigano Visionário: Vida e Obra de Franz Liszt


Evento de lançamento do livro: O Cigano Visionário Vida e Obra de Franz Liszt


A noite de ontem, 14/10, certamente foi uma noite inesquecível para aqueles que aguardavam o primeiro volume da série de biografias que o autor Lauro Machado coelho lançará pela ALGOL editora. O lançamento do livro O Cigano visionário: Vida e obra de Franz Liszt, contou com a presença de um público muito especial que pode receber, das mãos do autor, seu exemplar com uma dedicatória histórica. Lauro Machado Coelho é um dos maiores biógrafos da música erudita de todos os tempos, uma homem que consegue relatar a vida de uma maneira humana, sem exceções comuns que possam construir opiniões desfalcadas de seus biografados. Até mesmo porque estamos falando de grandes nomes, que no Brasil sempre foram ignorados.

Acompanhe a matéria do Jornal Cruzeiro do Sul – fundação Ubaldino do Amaral- a respeito desse importante trabalho literário que o ícone Machado Coelho nos presenteou nessa noite.


'O Cigano Visionário' abre coleção de biografias matéria publicada na íntegra no dia 13/10/2009: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia. phl? editoria=42&id=228556)

Há compositores que, mesmo conhecidos do grande público, têm certa dificuldade em consolidar seus espaços nas salas de concertos. Uma ou outra peça até ganha celebridade - mas seu autor acaba conhecido como o criador de uma obra só. O preconceito, naturalmente, segue para as estantes, onde são poucos os estudos dedicados a eles, em especial em português. Sorte desses autores que eles sejam o que o crítico musical e jornalista Lauro Machado Coelho chama de "alguns de meus fetiches". Franz Liszt é um deles e, com "O Cigano Visionário", que será lançado nesta 4ª feira (14), ganha interessante análise de sua vida e obra, inaugurando uma coleção de biografias assinada por Machado Coelho.
Na sequência, ainda este ano, serão lançados volumes dedicados a Anton Bruckner (dia 26 de outubro) e Hector Berlioz (novembro); para o ano que vem autor e editora
prometem Francis Poulenc, Felix Mendelssohn, Jean Sibelius e Bela Bártok e Benjamin Britten. "São autores fundamentais sobre os quais recai um preconceito muito grande", diz Coelho. "Liszt foi um pianista virtuose e, por isso, costuma-se definir sua música como brilhante, de efeito, sem profundidade. Bruckner é aquele autor pesado, que escreveu sinfonias longas e chatas. Todo mundo diz que Sibelius é um compositor importante, mas ninguém ouve sua música. Mendelssohn não viveu na miséria, não ficou doente, vinha de uma boa família e, portanto, no imaginário sua música tornou-se superficial, o que é uma bobagem: obras como o 'Quarteto Op. 80' são de uma profundidade extraordinária. Com Berlioz, basta lembrar a frase célebre: ‘Berlioz só entra na França pela alfândega’. E assim por diante."
De volta a Liszt, Machado Coelho - colaborador do jornal "O Estado de S. Paulo" e autor de livros como os da coleção História da Ópera (Perspectiva) e da biografia da poetisa russa Anna Akhmátova (ALGOL), finalista do prêmio Jabuti deste ano - fala sobre a vida dupla, intérprete/compositor, e as consequências que ela teve na apreensão de sua obra. "Ninguém duvida que Franz Liszt tenha sido o maior pianista de seu tempo. Mas foi justamente o excesso de fama como superestrela do teclado o principal obstáculo para que as gerações seguintes reconhecessem a imensidade da importância como compositor de um dos maiores inovadores da história da música, mistura de malabarista e profeta, ao mesmo tempo cigano e franciscano, como ele próprio gostava de dizer", diz.
"Liszt foi um pouco de tudo nos 75 anos que viveu. Foi pianista, compositor, regente, diretor artístico de teatro, crítico musical, ensaísta, professor. Além, claro, de amante apaixonado de muitas mulheres e, no fim da vida, clérigo católico", completa. Não por acaso, quando se tem em mente tal biografia, o texto de Machado Coelho ganha em certos momentos tons até romanescos, em que são articulados de maneira muito espontânea e leve vida, obra e contexto histórico, em uma profusão de imagens e personagens que explicam e enriquecem a trajetória do compositor.
"Retratar Liszt não é nem cair na hagiografia de seus primeiros biógrafos, como Janka Wohl, que traçou dele um perfil angelical, nem no extremo oposto de um Ernest Newman que, na tentativa de corrigir alguns excessos, ofereceu dele uma imagem igualmente distorcida. O objetivo deste livro é, em resumo, tentar compreender um pouco do carisma inegável desse homem extremamente complexo, que foi amado ou odiado com a mesma intensidade pelos que o conheceram."



Aproveitemos para ler outras notícias sobre esse evento histórico.



Pianista, compositor, sacerdote e mulherengo (matéria na íntegra: http://m.estadao.com. br/noticias/impresso, pianista-compositorsacerdote-e-mulherengo, 450134. htm).
Biografia de Franz Liszt abre coleção dedicada a autores pouco conhecidos
João Luiz Sampaio

Há compositores que, mesmo conhecidos do grande público, têm certa dificuldade em consolidar seus espaços nas salas de concertos. Uma ou outra peça até ganha celebridade - mas seu autor acaba conhecido como o criador de uma obra só. O preconceito, naturalmente, segue para as estantes, onde são poucos os estudos dedicados a eles, em especial em português. Sorte desses autores que eles sejam o que o crítico musical e jornalista Lauro Machado Coelho chama de "alguns de seus fetiches". Franz Liszt é um deles e, com O Cigano Visionário, que será lançado hoje, ganha interessante análise de sua vida e obra, inaugurando uma coleção de biografias assinada por Machado Coelho. Na sequência, ainda este ano, serão lançados volumes dedicados a Anton Bruckner (dia 26 de outubro) e Hector Berlioz (novembro); para o ano que vem, autor e editora prometem Francis Poulenc, Felix Mendelssohn, Jean Sibelius e Bela Bártok e Benjamin Britten. "São autores fundamentais sobre os quais recai um preconceito muito grande", diz Machado Coelho. "Liszt foi um pianista virtuose e, por isso, costuma-se definir sua música como brilhante, de efeito, sem profundidade. Bruckner é aquele autor pesado, que escreveu sinfonias longas e chatas. Todo mundo diz que Sibelius é um compositor importante, mas ninguém ouve sua música. Mendelssohn não viveu na miséria, não ficou doente, vinha de uma boa família e, portanto, no imaginário sua música se tornou superficial, o que é uma bobagem: obras como o Quarteto Op. 80 são de uma profundidade extraordinária. Com Berlioz, basta lembrar a frase célebre: "Berlioz só entra na França pela alfândega". E assim por diante. "De volta a Liszt, Machado Coelho - colaborador do Estado e autor de livros como os da coleção História da Ópera (Perspectiva) e da biografia da poetisa russa Anna Akhmátova (Algol), finalista do prêmio Jabuti deste ano - fala sobre a vida dupla, intérprete/compositor, e as consequências que ela teve na apreensão de sua obra. "Ninguém duvida que Franz Liszt tenha sido o maior pianista de seu tempo. Mas foi justamente o excesso de fama como superestrela do teclado o principal obstáculo para que as gerações seguintes reconhecessem a imensidade da importância como compositor de um dos maiores inovadores da história da música, mistura de malabarista e profeta, ao mesmo tempo cigano e franciscano, como ele próprio gostava de dizer", diz. "Liszt foi um pouco de tudo nos 75 anos que viveu. Foi pianista, compositor, regente, diretor artístico de teatro, crítico musical, ensaísta, professor. Além, claro, de amante apaixonado de muitas mulheres e, no fim da vida, clérigo católico", completa. Não por acaso, quando se tem em mente tal biografia, o texto de Machado Coelho ganha em certos momentos tons até romanescos, em que são articulados de maneira muito espontânea e leve vida, obra e contexto histórico, em uma profusão de imagens e personagens que explicam e enriquecem a trajetória do compositor. "Retratar Liszt não é nem cair na hagiografia de seus primeiros biógrafos, como Janka Wohl, que traçou dele um perfil angelical, nem no extremo oposto de um Ernest Newman que, na tentativa de corrigir alguns excessos, ofereceu dele uma imagem igualmente distorcida. O objetivo deste livro é, em resumo, tentar compreender um pouco do carisma inegável desse homem extremamente complexo, que foi amado ou odiado com a mesma intensidade pelos que o conheceram



Autor evita reduções e revê contradições (matéria na íntegra: http://m.estadao.com. br/noticias/impresso, autor-evita-reducoes-e-reve-contradicoes, 450135. htm)


O Cigano Visionário acerta ao articular vida, obra e circunstâncias históricas
Affonso Risi


À ideia de uma história da arte sem nomes, sem biografias, baseada no puro desenvolvimento das formas, opõe-se o ponto de vista daqueles que não dissociam vida, obra, tempo e circunstância de um autor. A esse segundo grupo pertence o jornalista e crítico musical Lauro Machado Coelho que, em O Cigano Visionário: Vida e Obra de Franz Liszt (Algol Editora), preocupa-se também - com o convívio amoroso e intelectual que tem com a grande produção musical - em dissipar o acúmulo de equívocos e lugares-comuns do tipo "Liszt foi um grande pianista, mas compositor menor, autor de obras prolixas e superficiais" - um clichê que, infelizmente, ainda faz a cabeça de muita gente....É assim neste Cigano Visionário, em que, do menino prodígio ao lendário abbé de longa cabeleira branca, acompanhamos as peripécias da vida de uma personalidade contraditória, dividida entre a aspiração ao claustro e a sedução amorosa; acusada de cultivar a vaidade a ponto de fixar a moderna posição do pianista, nos recitais, para valorizar a beleza de seu perfil; mas de uma generosidade que o fez ajudar a promoção dos artistas que admirava: Berlioz, os Schumann, Wagner. Mas, principalmente, o livro de Machado Coelho nos revela o artista genial, sem dúvida um dos maiores do século 19, que reinventou o piano e escreveu para ele a mais extraordinária sonata romântica, a em si menor; criou o poema sinfônico, de vasta descendência; compôs sinfonias (a Fausto, a Dante) que, de inspiração literária, na direção berlioziana, prepararam o caminho de Gustav Mahler; e, no fim da vida, criou obras estranhas e proféticas, como a Bagatela Sem Tonalidade.Machado Coelho se empenha, portanto, em afastar o pó acumulado num sem-número de textos, para "libertar" o biografado tanto de seus detratores quanto de seus hagiógrafos, pondo em novo plano a vida e a obra. É claro que este artista - assim como os outros anunciados pela Algol - fazem parte do "museu imaginário" do autor; e, por isso, não devemos estranhar o olhar solidário e, muitas vezes, entusiasmado que ele lança sobre seus biografados. São livros que, com certeza, firmarão um novo patamar para a literatura musical brasileira, num momento em que o universo da música de concerto se renova entre nós, com a melhoria das orquestras e um inédito incremento das gravações e publicações sobre música. Affonso Risi é pesquisador musicalTrecho Endividado até as orelhas, como sempre, Wagner pedia-lhe frequentemente dinheiro emprestado e tentou vender-lhe os direitos autorais de suas partituras - gasto com o qual a situação financeira de Liszt não lhe permitia arcar. Em compensação, Franz lhe deu uma ajuda que nenhum outro, na época, parecia interessado em dar: tornou-se o mais entusiástico defensor de sua obra. (...) Mas a prova maior de amizade que deu a Wagner foi acolhê-lo em Altenburg quando ele, por ter-se envolvido em atividades revolucionárias, teve de fugir de Dresden.



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Em breve, divulgaremos o evento de lançamento do segundo livro da série:
O Menestrel de Deus – Vida e Obra de Anton Bruckner.




Um comentário :

  1. è importante saber que há uma empresa brasileira empenhada na divulgação e preservação da música erudita.

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