Caros Amigos
Este ano a Algol Editora concorre com 5 títulos no 52º prêmio Jabuti, organizado pela CBL, e que já se tornou o prêmio mais tradicional do mercado editorial brasileiro.
Confira abaixo os títulos e as categorias que concorremos.
Categoria:
Melhor Capa: Concepções e desenvolvimentos gráficos de capas ou sobrecapas de livros como elementos autônomos.
Villa- Lobos Errou?
Subsídios para uma revisão musicológica em Villa- Lobos
Autor: Maestro Roberto Duarte
Capa: Carolina Aires Sucheuski
Obras que concorrerão nas categorias melhor capa e melhor biografia de 2009.
Biografia: Textos, documentários ou analíticos, vistos sob a perspectiva biográfica
O Cigano Visionário
Vida e obra de Franz Liszt
Autor: Lauro Machado Coelho
Capa: KLARA KAISER MORI
Sinfonia Fantástica
Vida e obra de Hector Berlioz
Autor: Lauro Machado Coelho
Capa: KLARA KAISER MORI
O Cantor da Finlândia
Vida e Obra Jean Sibelius
Autor: Lauro Machado Coelho
Capa: KLARA KAISER MORI
O Menestrel de Deus
Vida e Obra de Anton Bruckner
Autor: Lauro Machado Coelho
Capa: KLARA KAISER MORI
VEJA O CRONOGRAMA DO 52º PRÊMIO JABUTI
Apuração da primeira fase: 1 de setembro.
Apuração da segunda fase: 1 de outubro.
Livro do ano: 4 de novembro.
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE O PRÊMIO JABUTI
O Jabuti
Criado em 1958, o Jabuti é o mais tradicional prêmio do livro no Brasil. O maior diferencial em relação a outros prêmios de literatura é a sua abrangência: o Jabuti não valoriza apenas os escritores, mas destaca a qualidade do trabalho de todas as áreas envolvidas na criação e produção de um livro. As 21 categorias do Jabuti 2010 contemplam não só estilos – Romance, Contos e Crônicas, Poesia, Reportagem, Biografia e Livro Infantil – mas também a Tradução, a Ilustração, a Capa e o Projeto Gráfico.
Anualmente, editoras dos mais diversos segmentos e escritores independentes de todo o Brasil inscrevem milhares de obras em busca da tão cobiçada estatueta e do reconhecimento que ela proporciona. Receber o Jabuti é um desejo acalentado por todos aqueles que têm o livro como seu ideal de vida. É uma distinção que dá ao seu ganhador muito mais do que uma recompensa financeira. Ganhar o Jabuti representa dar à obra vencedora o lastro da comunidade intelectual brasileira, significa ser admitido em uma seleção de notáveis da literatura nacional.
Seleção e premiação
Um corpo de jurados altamente especializado, composto por profissionais com ampla bagagem em suas respectivas áreas de atuação, faz a análise das obras. A contagem dos votos é feita em sessões abertas ao público e dividida em duas etapas. Na primeira sessão pública, são selecionadas as 10 melhores obras em cada umas das 21 categorias. A segunda sessão define os três primeiros lugares de cada categoria, sendo que o primeiro colocado recebe R$ 3 mil e uma estatueta, a qual também é concedida aos segundo e terceiro lugares. O primeiro lugar da categoria especial Tradução de Obra Literária Espanhol-Português recebe R$ 3 mil.
Na cerimônia de premiação e entrega das estatuetas, são revelados os Livros do Ano de Ficção e Não-Ficção, momento mais aguardado por todos aqueles que concorrem ao Prêmio, pelo mercado editorial e pela mídia especializada. Os livros são escolhidos pelo voto dos jurados e de profissionais do mercado editorial. Os dois vencedores recebem R$ 30 mil cada um, além da estatueta.
História
A história do Prêmio Jabuti começa por volta de 1957, em um período repleto de desafios para o mercado editorial, com recursos escassos e baixa articulação do segmento. Apesar das adversidades, não faltava entusiasmo aos dirigentes da Câmara Brasileira do Livro naquela época. As discussões foram comandadas pelo então presidente da entidade, Edgar Cavalheiro e pelo secretário Mário da Silva Brito – dois intelectuais e estudiosos da literatura brasileira –, além de outros membros da diretoria do biênio 1955-1957 interessados em premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.
Essas discussões em torno de uma “láurea” ou “galardão”, como se dizia na época, ganharam forma na diretoria seguinte, de 1957-1959, presidida por Diaulas Riedel, a quem coube a confirmação da escolha da figura do jabuti para nomear o prêmio e a realização de concurso para a confecção da estatueta, vencido pelo escultor Bernardo Cid de Souza Pinto.
A primeira premiação ocorreu também na gestão do presidente Diaulas Riedel. No final do ano de 1959, em solenidade simples e despretensiosa realizada no auditório da antiga sede da CBL na avenida Ipiranga, foi feita a entrega do primeiro Prêmio Jabuti. Foram laureados autores como Jorge Amado, na categoria Romance, pela obra “Gabriela, Cravo e Canela”. A Saraiva ganhou o prêmio de Editor do Ano.
O nome
Mas por que um jabuti para nomear um prêmio do livro? A resposta tem explicação no ambiente cultural e político da época, influenciado, sobretudo, pelo modernismo e nacionalismo, pela valorização da cultura popular brasileira, nas raízes indígenas e africanas, nas suas figuras míticas, símbolos seculares carregados de sabedoria e experiência de vida e legados de uma geração à outra. Sílvio Romero, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e Luís da Câmara Cascudo, entre o final do século XIX e o início do século XX, foram pioneiros na pesquisa, no estudo e na divulgação dessa rica cultura popular.
E foi Monteiro Lobato, provavelmente, o mais prolífico na recriação literária das histórias desses personagens meio enigmáticos, meio reveladores e sempre sedutores do folclore nacional. Um desses personagens da literatura infantil de Lobato é, como se sabe, o jabuti. O pequeno quelônio, já familiar no imaginário das culturas indígenas tupi, ganhou vida e personalidade nas fabulações do autor das “Reinações de Narizinho”, como uma tartaruga vagarosa, mas obstinada e esperta, cheia de truques para vencer obstáculos, para enganar concorrentes mais bem dotados e chegar na frente ao fim da jornada. Com essas credenciais, ganhou também a simpatia e a preferência dos dirigentes da CBL. Eles o elegeram para inspirar e patrocinar um prêmio para homenagear e promover o livro.
Jabuti repaginado
Ao longo dos seus 50 anos o Jabuti passou por transformações. No início, a cerimônia de entrega do Prêmio era feita na antiga sede da entidade, na avenida Ipiranga, depois passou a ser realizada durante as Bienais do Livro. Mas o Jabuti ganhou vida própria, e os diretores da CBL sentiram a necessidade de criar um evento proporcional à credibilidade que o Prêmio ganhou junto ao mercado editorial e à própria sociedade. Em 2004, ocorreu a primeira grande cerimônia de entrega das estatuetas, realizada no Memorial da América Latina. Nos últimos três anos, essa grande festa do livro do Brasil ganhou um dos espaços mais nobres da capital paulista – a Sala São Paulo.
Jabuti foi se transformando aos poucos. No Regimento Interno do Prêmio, criado em 1959, constam apenas sete categorias de premiação: Literatura, Capa e Ilustração, Editor do Ano, Gráfico do Ano, Livreiro do Ano e Personalidade Literária. Atualmente, são contempladas todas as esferas envolvidas na criação e produção de um livro, em um total de 21 categorias, passando pela tradução, ilustração, capa e projeto gráfico, além das categorias tradicionais como Romance, Contos e Crônicas, Poesia, Reportagem, Biografia e Livro Infantil. Por sua abrangência, o Jabuti é considerado o maior e mais completo prêmio do livro no Brasil.
Outra iniciativa que trouxe ainda mais glamour ao Prêmio foi a criação das categorias Livro do Ano de Ficção, em 1991, e Livro do Ano de Não-Ficção, dois anos depois, em 1993. Esses prêmios são revelados somente na noite da entrega das estatuetas e são o ponto alto do evento, em um momento de grande expectativa por todos os agentes do mercado editorial.
Fatos curiosos
O Jabuti traz curiosidades sobre a premiação. Em 2004, por exemplo, o vencedor do Livro do Ano de Ficção foi “Budapeste”, de Chico Buarque. A obra, no entanto, ganhou Menção Honrosa (3o lugar) na categoria Romance. “Houve um silêncio na platéia”, conta José Luiz Goldfarb, curador do Prêmio Jabuti. No dia seguinte, a mídia impressa também abriu espaço nas suas páginas para questionar o episódio. Como um livro que ficou em terceiro lugar na sua categoria poderia levar o prêmio de Melhor Livro do Ano? “O que ocorreu, na verdade, é que os vencedores das 20 categorias são escolhidos somente pelos jurados e os Livros do Ano recebem também os votos do mercado editorial, sendo que o grande vencedor não necessariamente é o 1o colocado de uma categoria”, explica.
Polêmicas à parte, o fato é que o Jabuti tornou-se, nas palavras de Rosely Boschini, presidente da CBL, um “patrimônio nacional”. “Com obstinação e argúcia, à maneira do seu inspirador, o Prêmio Jabuti avançou sem esmorecer, ganhou agilidade e encarou uma longa jornada. Avançou, ganhou densidade e respeito, conquistou o reconhecimento de todos os que, no Brasil, produzem informação, conhecimento e arte, de todos os que escrevem, publicam e leem livros. Tornou-se, ele próprio, um personagem vivo da cultura brasileira contemporânea”, destaca Rosely Boschini. Na maior festa do livro no Brasil, ganhar ou não o Prêmio, já não faz diferença. O importante é participar.
E como tem participação. Em 2009, foi batido o recorde de inscrições no Jabuti: 2.574 obras, cerca de 20% a mais que em 2008, quando participaram 2.131 publicações.
Mais informações no site:
http://www.cbl.org.br/jabuti/
FV