segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Lançamento do livro: CONTOS DE ÓPERAS E CANTOS
A Algol editora convida à todos para o lançamento do livro CONTOS DE ÓPERAS E CANTOS de Sergio Casoy, que acontecerá no dia 09 de dezembro às 19hs na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
Em seu novo livro CONTOS DE ÓPERAS E CANTOS, Sergio Casoy, mais uma vez, leva o leitor a passear pelo mundo mágico da ópera, através de uma série de ensaios produzidos para os programas de sala dos principais teatros do Brasil, que abrangem óperas italianas, francesas, alemãs, inglesas, americanas e brasileiras. Sob a forma de crônicas bem-humoradas e muitas vezes divertidas, ficamos sabendo da gênese daquelas partituras, das condições que cercaram suas criações e de certas particularidades da vida dos compositores. O livro traz ainda, em seu capítulo final, artigos sobre concertos corais e sinfônicos.
Lançamento dia 09/12 às 19hs na Livraria Cultura Conjunto Nacional . Av. Paulista 2.073 São Paulo - SP
Tel. (11) 3170-4033
Mais informações pelo tel 11 31512000 ou ainda no site www.algol.com.br
Villa-Lobos Errou?
Villa-Lobos errou? É a pergunta que nos faz o maestro Roberto Duarte no título deste seu novo livro. E, com a mesma meticulosidade com que se dedica à regência e ao preparo de seus concertos, ele mesmo se encarrega de responder à questão proposta ao longo das páginas deste volume.
Villa-Lobos era um caso típico. Além de compor com o ímpeto de uma tempestade tropical – ou como se cavalgasse um rojão –, fazia-o o tempo todo, em quaisquer situações e condições. O conceito do moto-perpétuo aplicado à criação musical. Seria sobre-humano – e Villa-Lobos era intensamente humano – não se enganar nessas condições.
A relação de amor e respeito de Roberto Duarte com o conjunto da obra de Villa-Lobos é antiga e tornou-se conhecida fora das fronteiras do Brasil graças aos ecos de seu sucesso em 1975 ao receber o prêmio Serge Koussevitzky no Concurso Internacional de Regência do Festival Villa-Lobos no Rio de Janeiro.
Villa-Lobos errou? é um trabalho sério e responsável. Mas também é um tributo, um ato de amor que reflete uma carreira dedicada à produção da música brasileira e ao seu mais importante compositor sinfônico.
O livro foi lançado durante a ultima sessão do 47º festival Villa-Lobos no Museu Villa-Lobos dia 28 de Novembro às 18h30. Entre as apresentações do quinteto Villa-Lobos e do quarteto Radamés Gnatalli.
Os leitores do Blog da Algol editora podem adquiri-lo através do site www.algol.com.br ou pelo telefone 11 3151-2000
domingo, 22 de novembro de 2009
O cantor da Finlândia: Vida e Obra de Jean Sibelius - de Lauro Machado Coelho
O Cantor da Finlândia: Vida e Obra de Jean Sibelius
Lauro Machado Coelho
Quando ele nasceu, Berlioz ainda estava vivo e seu país era uma província do Império Russo. E quando morreu, em 1957, a Finlândia passara por duas guerras mundiais e sobrevivera à invasão soviética, tornando-se um regime solidamente republicano. A saga desse país se reflete na música de Jean Sibelius, cujo nome e obra se confundiram com a própria identidade finlandesa, pela qual ele lutou desde cedo.
Mas Jean Sibelius, mostra o jornalista e crítico Lauro Machado Coelho em O Cantor da Finlândia, não foi apenas o músico nacionalista que, para seus poemas sinfônicos, procurou inspiração nas narrativas mitológicas recolhidas na Kalevala, a coletânea de poemas populares reunida por Elias Lonrött. Ele foi também um dos maiores sinfonistas do século XX que, mantendo uma total independência em relação às correntes de vanguarda com as quais conviveu, formou uma linguagem própria e inconfundível e, em suas sete sinfonias, renovou os esquemas do gênero.
O Cantor da Finlândia faz o retrato do homem extremamente dedicado à família, mas que sempre foi incorrigivelmente perdulário e viveu endividado, além de ter sérios problemas com o alcoolismo. E mostra como, ao lado disso, Sibelius foi um compositor de extrema exigência consigo mesmo, que praticamente não compôs mais depois de 1927, a data de Tapiola, seu último grande poema sinfônico. Essa intransigente autocrítica foi a responsável por ele ter provavelmente destruído o manuscrito da Oitava Sinfonia, pela qual o mundo musical esperou vários anos.
Primeiro livro escrito em português sobre Jean Sibelius, e o quarto volume de uma série de biografias de compositores, precedido por O Cigano Visionário – Franz Liszt; O Menestrel de Deus – Anton Bruckner e Sinfonia Fantástica – Hector Berlioz, O Cantor da Finlândia será lançado no dia 26 de Novembro, às 19hs, na loja Clássicos Sala São Paulo. A coleção prosseguirá com volumes dedicados a Béla Bartók, Felix Mendelssohn, Francis Poulenc e Benjamin Britten.
O Cantor da Finlândia: Vida e Obra de Jean Sibelius
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Sonia Rubinsky - O Grammy do Piano brasileiro
O Ano de 2009 será, sem dúvida, inesquecível para essa pianista brasileira que fora merecidamente premiada com dois grandes títulos da música clássica. O primeiro aconteceu no dia 11 de Maio, quando Sônia Rubinsky subiu ao palco da sala São Paulo para receber o seu troféu de instrumentista solo no XII prêmio Carlos Gomes, pelo belíssimo trabalho desenvolvido no ano anterior, a gravação da obra integral para piano solo de Villa-Lobos e o Cd Sonatas de Scarlatti( selo Algol).O prêmio , que fora o segundo em sua carreira já que a mesma havia sido contemplada em 2006, consagra a virtuose pianista brasileira e prepara seus inúmeros apreciadores para o outro grande acontecimento que estaria por vir no primeiro terceto da primavera : O Grammy latino de Melhor álbum de música clássica de 2009.
A técnica expoente da pianista brasileira, cujo repertório abrange obras de John Adams, Debussy, Mozart, Jorge Liderman, Scarlatti e Villa-Lobos; conquistou o mais importante reconhecimento da música e fez o país se orgulhar dessa ascensão notória que a música clássica , diante de todas as dificuldades, vem demonstrando nos últimos tempos.
O Grammy latino de 2009 será lembrado como o prêmio que reconhece a obra do mestre Villa-Lobos e da interprete Sônia Rubinsky. O galardão do talento de dois grandes brasileiros.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Sinfonia Fantástica: Vida e obra de Hector Berlioz
O "incansável " Lauro Machado Coelho, como bem define Ali Hassan Ayache em seu blog verdi.zip.net, lança agora a biografia de Hector Berlioz em seu novo livro Sinfonia Fantástica, também pela Algol editora, que será lançado no dia 11 de Novembro as 19hs na livraria Saraiva do Shopping Pátio Higienópolis em São Paulo.
Confira aqui todos os detalhes.
Sinfonia Fantástica : Vida e Obra de Hector Berlioz
Lauro Machado Coelho
Três anos apenas após a morte de Beethoven, a estréia em Paris, em 1830, da Sinfonia Fantástica, a primeira obra do gênero de Hector Berlioz, significou uma verdadeira revolução para a História da Música. Assim como a Fantástica renova a sinfonia, cruzando-a com o poema sinfônico, as demais formas fixas foram praticadas por Berlioz com igual criatividade: Haroldo na Itália é uma sinfonia sob a forma de um concerto para viola e orquestra; Roméo et Juliette equilibra-se entre a sinfonia e a cantata, com alguns traços operísticos, e assim por diante.
Esta é a razão – como mostra o jornalista e crítico musical Lauro Machado Coelho, neste terceiro volume da coleção de biografias de compositores que está sendo lançada pela Algol Editora – para que a música de Berlioz, considerada anárquica e anticonvencional, tenha tido muita dificuldade em ser aceita na própria França. Sinfonia Fantástica: Vida e Obra de Hector Berlioz é a história de como – na sua vida como na sua arte – este rebelde recusou-se a submeter-se a outra coisa senão a seu próprio: desde a opção de tornar-se músico, contrariando a vontade do pai de que ele fosse médico, até a construção de uma obra que é de constante e agressiva originalidade.
Músico genial, crítico exigente, ensaísta inspirado e dono de uma prosa ironicamente elegante – o que faz de suas Memórias uma leitura deliciosa – Berlioz é o típico artista romântico polivalente, aberto a todas as experiências do espírito. Neste livro – o primeiro a ser publicado em português a seu respeito – Lauro Machado Coelho nos faz também conviver com um ser humano intransigentemente apaixonado, cuja vida reflete claramente a riqueza de aspectos de uma das fases mais fascinantes da história da arte européia.
Terceiro volume de uma série de biografias de compositores, precedido por O Cigano Visionário – Franz Liszt e O Menestrel de Deus – Anton Bruckner, Sinfonia Fantástica será lançado no dia 11 de Novembro, às 19hs, na Saraiva Megastore do Shopping Pátio Higienópolis. A coleção prosseguirá com volumes dedicados a Jean Sibelius, Béla Bartók, Felix Mendelssohn, Francis Poulenc.
Sinfonia Fantástica: Vida e Obra de Hector Berlioz
Lauro Machado Coelho
Lançamento: Saraiva Megastore Shopping Pátio Higienópolis
11/11/2009 - 19hs
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
O Menestrel de Deus - Vida e Obra de Anton Bruckner
Grande lançamento do novo livro de Lauro Machado Coelho
O Menestrel de Deus : Vida e Obra de Anton Bruckner
Lauro Machado Coelho
Aquele homem de personalidade singular espantava pelo seu comportamento incomum: a profunda religiosidade convivendo com uma mórbida atração pela morte; a numeromania compulsiva, numa pessoa de modos simples, interioranos, que parecia deslocado na sofisticada Viena, capital do Império Austro-Hungaro. E, no entanto, ele revolucionou a História da Música.
A história do compositor que, recebendo o legado sinfônico de Beethoven e Schubert, abriu caminhos inteiramente novos para a sinfonia do futuro, é narrada pelo jornalista e crítico musical Lauro Machado Coelho em O Menestrel de Deus : Vida e Obra de Anton Bruckner, da ALGOL Editora.
Segundo volume de uma série de biografias de compositores que se iniciou com O Cigano Visionário, sobre Franz Liszt, O Menestrel de Deus será lançado no dia 26 de Outubro, às 19hs, na Saraiva Megastore do Shopping Pátio Higienópolis. A coleção prosseguirá com volumes dedicados a Hector Berlioz, Jean Sibelius, Béla Bartók, Felix Mendelssohn.
Nascido em 1824, na Baixa Áustria – três anos antes da morte de Beethoven – Bruckner viveu 72 anos (a La Bohème, de Puccini, foi escrita em 1896, o ano de sua morte). E, no entanto, a sua produção é tão pessoal, de certa maneira tão independente do que acontecia à sua volta, que foi necessário esperar pelo século XX para que a originalidade de suas sinfonias e de sua música sacra fosse reconhecida.
Neste livro – o primeiro a ser publicado em português sobre esse compositor – Lauro Machado Coelho traça um retrato do homem, de sua formação como músico, e de seus esforços para fazer aceitar a sua obra – inclusive revisando e deixando revisar tantas vezes as suas sinfonias, que legou, aos músicos do futuro, a missão delicada de decidir qual é a sua versão mais autêntica. Mas também da obra única de um homem que animado por uma fé sem conflitos em seu “bom Senhor Deus”, deixou uma obra de intensa espiritualidade.
O Menestrel de Deus: Vida e Obra de Anton Bruckner
Lauro Machado Coelho
Lançamento: Saraiva Megastore Shopping Pátio Higienópolis
26/10/2009 - 19hs
Outras informações através do e-mail: ari@algol.com.br
Ficha técnica
O Menestrel de Deus: Vida e Obra de Anton Bruckner
Lauro Machado Coelho
São Paulo, Algol editora, 2009
ISBN 978-85-60187-18-8
Formato: 15 x 23 cm
Brochura
Papel: pólen soft 80 g/m2
Páginas: 248
Bibliografia
Índice onomástico
Capa com gravura original de Klara Kaiser Mori
O Menestrel de Deus : Vida e Obra de Anton Bruckner
Lauro Machado Coelho
Aquele homem de personalidade singular espantava pelo seu comportamento incomum: a profunda religiosidade convivendo com uma mórbida atração pela morte; a numeromania compulsiva, numa pessoa de modos simples, interioranos, que parecia deslocado na sofisticada Viena, capital do Império Austro-Hungaro. E, no entanto, ele revolucionou a História da Música.
A história do compositor que, recebendo o legado sinfônico de Beethoven e Schubert, abriu caminhos inteiramente novos para a sinfonia do futuro, é narrada pelo jornalista e crítico musical Lauro Machado Coelho em O Menestrel de Deus : Vida e Obra de Anton Bruckner, da ALGOL Editora.
Segundo volume de uma série de biografias de compositores que se iniciou com O Cigano Visionário, sobre Franz Liszt, O Menestrel de Deus será lançado no dia 26 de Outubro, às 19hs, na Saraiva Megastore do Shopping Pátio Higienópolis. A coleção prosseguirá com volumes dedicados a Hector Berlioz, Jean Sibelius, Béla Bartók, Felix Mendelssohn.
Nascido em 1824, na Baixa Áustria – três anos antes da morte de Beethoven – Bruckner viveu 72 anos (a La Bohème, de Puccini, foi escrita em 1896, o ano de sua morte). E, no entanto, a sua produção é tão pessoal, de certa maneira tão independente do que acontecia à sua volta, que foi necessário esperar pelo século XX para que a originalidade de suas sinfonias e de sua música sacra fosse reconhecida.
Neste livro – o primeiro a ser publicado em português sobre esse compositor – Lauro Machado Coelho traça um retrato do homem, de sua formação como músico, e de seus esforços para fazer aceitar a sua obra – inclusive revisando e deixando revisar tantas vezes as suas sinfonias, que legou, aos músicos do futuro, a missão delicada de decidir qual é a sua versão mais autêntica. Mas também da obra única de um homem que animado por uma fé sem conflitos em seu “bom Senhor Deus”, deixou uma obra de intensa espiritualidade.
O Menestrel de Deus: Vida e Obra de Anton Bruckner
Lauro Machado Coelho
Lançamento: Saraiva Megastore Shopping Pátio Higienópolis
26/10/2009 - 19hs
Outras informações através do e-mail: ari@algol.com.br
Ficha técnica
O Menestrel de Deus: Vida e Obra de Anton Bruckner
Lauro Machado Coelho
São Paulo, Algol editora, 2009
ISBN 978-85-60187-18-8
Formato: 15 x 23 cm
Brochura
Papel: pólen soft 80 g/m2
Páginas: 248
Bibliografia
Índice onomástico
Capa com gravura original de Klara Kaiser Mori
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
O Cigano Visionário: Vida e Obra de Franz Liszt
Evento de lançamento do livro: O Cigano Visionário Vida e Obra de Franz Liszt
A noite de ontem, 14/10, certamente foi uma noite inesquecível para aqueles que aguardavam o primeiro volume da série de biografias que o autor Lauro Machado coelho lançará pela ALGOL editora. O lançamento do livro O Cigano visionário: Vida e obra de Franz Liszt, contou com a presença de um público muito especial que pode receber, das mãos do autor, seu exemplar com uma dedicatória histórica. Lauro Machado Coelho é um dos maiores biógrafos da música erudita de todos os tempos, uma homem que consegue relatar a vida de uma maneira humana, sem exceções comuns que possam construir opiniões desfalcadas de seus biografados. Até mesmo porque estamos falando de grandes nomes, que no Brasil sempre foram ignorados.
Acompanhe a matéria do Jornal Cruzeiro do Sul – fundação Ubaldino do Amaral- a respeito desse importante trabalho literário que o ícone Machado Coelho nos presenteou nessa noite.
'O Cigano Visionário' abre coleção de biografias matéria publicada na íntegra no dia 13/10/2009: http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia. phl? editoria=42&id=228556)
Há compositores que, mesmo conhecidos do grande público, têm certa dificuldade em consolidar seus espaços nas salas de concertos. Uma ou outra peça até ganha celebridade - mas seu autor acaba conhecido como o criador de uma obra só. O preconceito, naturalmente, segue para as estantes, onde são poucos os estudos dedicados a eles, em especial em português. Sorte desses autores que eles sejam o que o crítico musical e jornalista Lauro Machado Coelho chama de "alguns de meus fetiches". Franz Liszt é um deles e, com "O Cigano Visionário", que será lançado nesta 4ª feira (14), ganha interessante análise de sua vida e obra, inaugurando uma coleção de biografias assinada por Machado Coelho.
Na sequência, ainda este ano, serão lançados volumes dedicados a Anton Bruckner (dia 26 de outubro) e Hector Berlioz (novembro); para o ano que vem autor e editora
prometem Francis Poulenc, Felix Mendelssohn, Jean Sibelius e Bela Bártok e Benjamin Britten. "São autores fundamentais sobre os quais recai um preconceito muito grande", diz Coelho. "Liszt foi um pianista virtuose e, por isso, costuma-se definir sua música como brilhante, de efeito, sem profundidade. Bruckner é aquele autor pesado, que escreveu sinfonias longas e chatas. Todo mundo diz que Sibelius é um compositor importante, mas ninguém ouve sua música. Mendelssohn não viveu na miséria, não ficou doente, vinha de uma boa família e, portanto, no imaginário sua música tornou-se superficial, o que é uma bobagem: obras como o 'Quarteto Op. 80' são de uma profundidade extraordinária. Com Berlioz, basta lembrar a frase célebre: ‘Berlioz só entra na França pela alfândega’. E assim por diante."
De volta a Liszt, Machado Coelho - colaborador do jornal "O Estado de S. Paulo" e autor de livros como os da coleção História da Ópera (Perspectiva) e da biografia da poetisa russa Anna Akhmátova (ALGOL), finalista do prêmio Jabuti deste ano - fala sobre a vida dupla, intérprete/compositor, e as consequências que ela teve na apreensão de sua obra. "Ninguém duvida que Franz Liszt tenha sido o maior pianista de seu tempo. Mas foi justamente o excesso de fama como superestrela do teclado o principal obstáculo para que as gerações seguintes reconhecessem a imensidade da importância como compositor de um dos maiores inovadores da história da música, mistura de malabarista e profeta, ao mesmo tempo cigano e franciscano, como ele próprio gostava de dizer", diz.
"Liszt foi um pouco de tudo nos 75 anos que viveu. Foi pianista, compositor, regente, diretor artístico de teatro, crítico musical, ensaísta, professor. Além, claro, de amante apaixonado de muitas mulheres e, no fim da vida, clérigo católico", completa. Não por acaso, quando se tem em mente tal biografia, o texto de Machado Coelho ganha em certos momentos tons até romanescos, em que são articulados de maneira muito espontânea e leve vida, obra e contexto histórico, em uma profusão de imagens e personagens que explicam e enriquecem a trajetória do compositor.
"Retratar Liszt não é nem cair na hagiografia de seus primeiros biógrafos, como Janka Wohl, que traçou dele um perfil angelical, nem no extremo oposto de um Ernest Newman que, na tentativa de corrigir alguns excessos, ofereceu dele uma imagem igualmente distorcida. O objetivo deste livro é, em resumo, tentar compreender um pouco do carisma inegável desse homem extremamente complexo, que foi amado ou odiado com a mesma intensidade pelos que o conheceram."
Aproveitemos para ler outras notícias sobre esse evento histórico.
Pianista, compositor, sacerdote e mulherengo (matéria na íntegra: http://m.estadao.com. br/noticias/impresso, pianista-compositorsacerdote-e-mulherengo, 450134. htm).
Biografia de Franz Liszt abre coleção dedicada a autores pouco conhecidos
João Luiz Sampaio
Há compositores que, mesmo conhecidos do grande público, têm certa dificuldade em consolidar seus espaços nas salas de concertos. Uma ou outra peça até ganha celebridade - mas seu autor acaba conhecido como o criador de uma obra só. O preconceito, naturalmente, segue para as estantes, onde são poucos os estudos dedicados a eles, em especial em português. Sorte desses autores que eles sejam o que o crítico musical e jornalista Lauro Machado Coelho chama de "alguns de seus fetiches". Franz Liszt é um deles e, com O Cigano Visionário, que será lançado hoje, ganha interessante análise de sua vida e obra, inaugurando uma coleção de biografias assinada por Machado Coelho. Na sequência, ainda este ano, serão lançados volumes dedicados a Anton Bruckner (dia 26 de outubro) e Hector Berlioz (novembro); para o ano que vem, autor e editora prometem Francis Poulenc, Felix Mendelssohn, Jean Sibelius e Bela Bártok e Benjamin Britten. "São autores fundamentais sobre os quais recai um preconceito muito grande", diz Machado Coelho. "Liszt foi um pianista virtuose e, por isso, costuma-se definir sua música como brilhante, de efeito, sem profundidade. Bruckner é aquele autor pesado, que escreveu sinfonias longas e chatas. Todo mundo diz que Sibelius é um compositor importante, mas ninguém ouve sua música. Mendelssohn não viveu na miséria, não ficou doente, vinha de uma boa família e, portanto, no imaginário sua música se tornou superficial, o que é uma bobagem: obras como o Quarteto Op. 80 são de uma profundidade extraordinária. Com Berlioz, basta lembrar a frase célebre: "Berlioz só entra na França pela alfândega". E assim por diante. "De volta a Liszt, Machado Coelho - colaborador do Estado e autor de livros como os da coleção História da Ópera (Perspectiva) e da biografia da poetisa russa Anna Akhmátova (Algol), finalista do prêmio Jabuti deste ano - fala sobre a vida dupla, intérprete/compositor, e as consequências que ela teve na apreensão de sua obra. "Ninguém duvida que Franz Liszt tenha sido o maior pianista de seu tempo. Mas foi justamente o excesso de fama como superestrela do teclado o principal obstáculo para que as gerações seguintes reconhecessem a imensidade da importância como compositor de um dos maiores inovadores da história da música, mistura de malabarista e profeta, ao mesmo tempo cigano e franciscano, como ele próprio gostava de dizer", diz. "Liszt foi um pouco de tudo nos 75 anos que viveu. Foi pianista, compositor, regente, diretor artístico de teatro, crítico musical, ensaísta, professor. Além, claro, de amante apaixonado de muitas mulheres e, no fim da vida, clérigo católico", completa. Não por acaso, quando se tem em mente tal biografia, o texto de Machado Coelho ganha em certos momentos tons até romanescos, em que são articulados de maneira muito espontânea e leve vida, obra e contexto histórico, em uma profusão de imagens e personagens que explicam e enriquecem a trajetória do compositor. "Retratar Liszt não é nem cair na hagiografia de seus primeiros biógrafos, como Janka Wohl, que traçou dele um perfil angelical, nem no extremo oposto de um Ernest Newman que, na tentativa de corrigir alguns excessos, ofereceu dele uma imagem igualmente distorcida. O objetivo deste livro é, em resumo, tentar compreender um pouco do carisma inegável desse homem extremamente complexo, que foi amado ou odiado com a mesma intensidade pelos que o conheceram
Autor evita reduções e revê contradições (matéria na íntegra: http://m.estadao.com. br/noticias/impresso, autor-evita-reducoes-e-reve-contradicoes, 450135. htm)
O Cigano Visionário acerta ao articular vida, obra e circunstâncias históricas
Affonso Risi
À ideia de uma história da arte sem nomes, sem biografias, baseada no puro desenvolvimento das formas, opõe-se o ponto de vista daqueles que não dissociam vida, obra, tempo e circunstância de um autor. A esse segundo grupo pertence o jornalista e crítico musical Lauro Machado Coelho que, em O Cigano Visionário: Vida e Obra de Franz Liszt (Algol Editora), preocupa-se também - com o convívio amoroso e intelectual que tem com a grande produção musical - em dissipar o acúmulo de equívocos e lugares-comuns do tipo "Liszt foi um grande pianista, mas compositor menor, autor de obras prolixas e superficiais" - um clichê que, infelizmente, ainda faz a cabeça de muita gente....É assim neste Cigano Visionário, em que, do menino prodígio ao lendário abbé de longa cabeleira branca, acompanhamos as peripécias da vida de uma personalidade contraditória, dividida entre a aspiração ao claustro e a sedução amorosa; acusada de cultivar a vaidade a ponto de fixar a moderna posição do pianista, nos recitais, para valorizar a beleza de seu perfil; mas de uma generosidade que o fez ajudar a promoção dos artistas que admirava: Berlioz, os Schumann, Wagner. Mas, principalmente, o livro de Machado Coelho nos revela o artista genial, sem dúvida um dos maiores do século 19, que reinventou o piano e escreveu para ele a mais extraordinária sonata romântica, a em si menor; criou o poema sinfônico, de vasta descendência; compôs sinfonias (a Fausto, a Dante) que, de inspiração literária, na direção berlioziana, prepararam o caminho de Gustav Mahler; e, no fim da vida, criou obras estranhas e proféticas, como a Bagatela Sem Tonalidade.Machado Coelho se empenha, portanto, em afastar o pó acumulado num sem-número de textos, para "libertar" o biografado tanto de seus detratores quanto de seus hagiógrafos, pondo em novo plano a vida e a obra. É claro que este artista - assim como os outros anunciados pela Algol - fazem parte do "museu imaginário" do autor; e, por isso, não devemos estranhar o olhar solidário e, muitas vezes, entusiasmado que ele lança sobre seus biografados. São livros que, com certeza, firmarão um novo patamar para a literatura musical brasileira, num momento em que o universo da música de concerto se renova entre nós, com a melhoria das orquestras e um inédito incremento das gravações e publicações sobre música. Affonso Risi é pesquisador musicalTrecho Endividado até as orelhas, como sempre, Wagner pedia-lhe frequentemente dinheiro emprestado e tentou vender-lhe os direitos autorais de suas partituras - gasto com o qual a situação financeira de Liszt não lhe permitia arcar. Em compensação, Franz lhe deu uma ajuda que nenhum outro, na época, parecia interessado em dar: tornou-se o mais entusiástico defensor de sua obra. (...) Mas a prova maior de amizade que deu a Wagner foi acolhê-lo em Altenburg quando ele, por ter-se envolvido em atividades revolucionárias, teve de fugir de Dresden.
Aproveite agora e acesse www.algol.com.br e adquira já o seu exemplar.
Em breve, divulgaremos o evento de lançamento do segundo livro da série:
O Menestrel de Deus – Vida e Obra de Anton Bruckner.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Acompanhe na rádio Cultura, Mec FM e no Jornal o Estado de São Paulo notícias e entrevistas exclusivas sobre os títulos da Algol editora!
Caros amigos,
Esse mensagem é para divulgar as aparições da Algol Editora nos próximos dias, nos veículos de imprensa especializados em música e Arte. Vale a pena conferir.
Dia 09/10 às 18hs -Programa Antena Mec - Uma entrevista com Lauro Machado Coelho, que fala sobre seus novos lançamentos pela Algol Editora O cigano Visionário: vida e obra de Franz Liszt e O Menestrel de Deus: Vida e Obra de Anton Bruckner.
Dia 10/10 às 18hs - Programa: O que há de Novo ( Cultura FM)- com apresentação de João Marcos Coelho. Nessa edição o critico e jornalista João Marcos Coelho comenta sobre o Cd Das Lied von der Erde ( A Canção da Terra) Gustav Mahler, lançado pela Algo editora em Setembro.
Dia 14/10 às 09h30- Programa: Manhã Cultura Rádio Cultura FM - Entrevista com Lauro Machado Coelho falando do lançamento do livro na livraria Saraiva Shopping Pátio Higienópolis.
Dia 12/10- Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo, uma matéria especial sobre as biografias que Lauro Machado Coelho lançará nesses dois meses. Liszt (14/10) Bruckner (26/10) Berlioz e Sibelius no mês de Novembro.
Não percam a oportunidade de acompanhar a Algol no rádio, no jornal e em nosso blog. Aguardem,breve mais novidades. Acompanhe nossas novidades através do twitter http://twitter@algoleditora.com
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Lançamento dia 14/10 - O Cigano Visionário: Vida e Obra de Franz Liszt
Lançamento dia 14/10/2009 - O Cigano Visionário: Vida e Obra de Franz Liszt
Lauro Machado Coelho
A Algol Editora lança em 14 de Outubro às 19hs na Saraiva Megastore do Shopping Pátio Higienópolis, o livro “O Cigano Visionário -- Vida e Obra de Franz Liszt” do jornalista e crítico musical Lauro Machado Coelho.
Autor de “Anna, a Voz da Rússia”, uma biografia da poetisa russa Anna Akhmátova, publicado anteriormente pela Algol Editora, Lauro Machado Coelho inicia com esta nova obra uma série de biografias de compositores eruditos que, apesar da importância de suas obras, têm sido encarados com certo desdém pela crítica moderna. Estão previstos para comparecer nessa série, Berlioz, Bruckner, Bartók, Mendelsohn e Sibelius.
Durante muito tempo, teve-se de Liszt a imagem pré-fabricada, transmitida mecanicamente de um musicólogo ou historiador para outro, de que ele não tinha passado de um pianista que também compunha. Mas Lauro mostra que esse estado de coisas deve pertencer ao passado. Franz Liszt é o homem de gênio que praticou os mais diversos gêneros musicais, sempre de uma maneira muito livre, sempre repensando as estruturas tradicionais com a mais desenvolta criatividade. O catálogo de suas composições eleva-se a 768 ítens.
É o homem, cujo gênio não excluía um quase vulgar exibicionismo; que misturava sensualidade e misticismo; que era de uma generosidade assombrosa, mas podia ser, ao mesmo tempo, vaidoso, arrogante e caprichoso. Mas que, sobretudo, era de uma incansável dedicação à tarefa, por vezes árdua, de impor ao gosto do público o talento de seus contemporâneos: Chopin, Berlioz, Schumann e, principalmente, Richard Wagner.
Era profundamente religioso, mas a sua visão da missão da Igreja aproxima-se muito do catolicismo progressista de hoje em dia. Numa época em que o anti-semitismo era muito comum em toda a Europa – e estava, inclusive, fortemente arraigado em pessoas que lhe eram muito próximas – não há, em seus escritos ou em sua vida, nenhum indício de que tivesse qualquer tipo de discriminação de raça, crença ou maneira de pensar.
Quando Liszt morreu, em 1886, era o último sobrevivente de uma grande geração romântica formada por Berlioz, Chopin, Schumann, Mendelssohn, Wagner..
O Cigano Visionário: Vida e Obra de Franz Liszt
Lauro Machado Coelho
Lançamento: Saraiva Megastore Shopping Pátio Higienópolis
14/10/2009 - 19hs
Ficha técnica
O Cigano Visionário: Vida e Obra de Franz Liszt
Lauro Machado Coelho
São Paulo, Algol editora, 2009
ISBN 978-85-60187-19-5
Formato: 15 x 23 cm – Brochura – 512 páginas
Bibliografia
Índice onomástico
Capa com gravura original de Klara Kaiser Mori
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
A ALGOL EDITORA É FINALISTA DO PRÊMIO JABUTI 2009 - Confira os descontos na compra dos livros
Melhor Biografia de 2008, Melhor Capa e Melhor Livro de Jornalismo são as categorias que a ALGOL EDITORA concorre na fase final do Prêmio Jabuti 2009.
Os títulos que representam a EDITORA são: Anna, a voz da Rússia: vida e obra de Anna Akmátova (Melhor Biografia, Melhor Capa) e No calor da Hora: Música e Cultura nos anos de Chumbo (Melhor Livro de Jornalismo).
Anna, a voz da Rússia é o grande orgulho da nossa EDITORA, pois se trata de um livro consagrado na Bienal do livro em 2008 e muito bem conceituado pelos leitores. Agora, essa singular obra do jornalista Lauro Machado Coelho que vem acompanhada de um CD com as recitas originais da própria Anna Akmátova e com adaptação para o português da consagrada atriz Beatriz Seagal, está prestes a receber o reconhecimento do maior prêmio de literatura da língua portuguesa.
No calor da Hora: música e cultura nos tempos de chumbo é um documento histórico de um dos momentos mais difíceis da imprensa. O livro traz entrevistas com celebridades da música, arte e literatura, que foram concedidas ao jornalista João Marcos Coelho nos últimos 35 anos. Essas entrevistas marcam a evolução da sociedade na forte transição política que o país passou e na consequente transformação cultural contemporânea.
Com esses dois títulos a ALGOL está muito bem representada nesta fase final do Prêmio.
E para comemorar esse evento a ALGOL EDITORA oferece condições especiais para as compras do livro Anna, a voz da Rússia e No calor da Hora em nosso site.
Acesse agora www.algoleditora.com.br, faça seu cadastro, responda a esta mensagem e garanta 20% de desconto na compra dos títulos que concorrem ao Prêmio.
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sexta-feira, 21 de agosto de 2009
ALGOL EDITORA - Finais do PRÊMIO JABUTI 2009
A Algol editora, que prima pela qualidade de suas edições, recebeu nesta semana uma notícia mais que especial, a qual gostaríamos de compartilhar com todos.
De acordo com o site da CBL (www.cbl.org.br), responsável pela elaboração do Prêmio Jabuti, os títulos Anna,a voz da Rússia e No calor da Hora,concorrem em três categorias nesta fase final. Lembrando que para esta fase são classificados os títulos,cuidadosamente,analisados por uma comissão julgadora.
O LivroAnna, a voz da Rússia: Vida e Obra de Anna Akmátova do jornalista Lauro Machado Coelho,
concorre a dois Prêmios. O de Melhor biografia de 2008 e Melhor capa.
Confira em nosso site os detalhes deste livro. http://www.algol.com.br/produtos.asp?produto=65
O Livro No calor da hora: Música e Cultura nos anos de Chumbo, concorre ao prêmio de melhor obra jornalística de 2008.
O Jornalista João Marcos Coelho reúne nesse trabalho suas principais entrevistas com ícones da cena cultural e musical dos últimos anos.Confira os detalhes na página: http://www.algol.com.br/produtos.asp?produto=71
Agora falta pouco, vamos continuar torcendo. A Algol editora agradece, por suas conquistas, à todos os leitores, colaboradores e amantes da Arte, que fazem desta ciência (Kunt) cada dia mais importante para a construção da nossa sociedade.
Confira todos os resultados: http://www.cbl.org.br/jabuti/telas/resultado/
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Confirmado! EVENTOS DE LANÇAMENTO DO CD - DAS LIED VON DER ERDE
Caros amigos,
Conforme prometido, seguem as datas e locais de lançamento do CD Das Lied von der Erde ( A canção da Terra) - Arr.Shoenberg & Riehm.
Com a presença de Rodrigo Esteves, Fernando Portari, Carlos Moreno e Lauro Machado Coelho.
Lançamento São Paulo - dia 10/09 ás 18h30
Livraria Cultura - Artes - Conjunto Nacional
Tarde de Autógrafos - dia 13/09 após a ópera: O Cavaleiro da Rosa
Loja Clássicos editorial - Sala São Paulo
Lançamento Rio de Janeiro - dia 15/09 ás 19h00
Livraria Argumento- Leblon
Sejam todos bem vindos à este lançamento que é uma grande conquista para a música erudita.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Das Lied von der Erde - Canção da Terra
Caros amigos
É com muito orgulho que a Algol editora anuncia o lançamento do CD Das Lied von der Erde em Setembro, com data e local a serem confirmados.
Confira aqui, com exclusividade, o texto de Lauro Machado Coelho para o libreto que acompanha o CD.
Gustav Mahler começou a compor Das Lied von der Erde em Schluderbach, nos Alpes tiroleses, durante o verão de 1907 e, depois de preparar-se para assumir seu novo posto de regente na Metropolitan Opera House de Nova York, terminou-a em Toblach, nas Dolomitas, no verão de 1908. A peça foi orquestrada em Nova York durante 1909.
Circunstâncias pessoais muito fortes presidem à gestação da Canção da Terra. Mahler vira-se forçado a demitir-se da direção da Ópera da Corte de Viena, devido a intrigas em parte causadas por antissemitismo. Maria, sua filha mais velha, de apenas quatro anos, morrera de difteria. Durante um período passado em um spa, após a morte da filha, para tratar de uma depressão, a sua mulher, Alma, o traíra com o jovem arquiteto Walter Gropius, que viria a ser seu segundo marido. E o médico da família diagnosticara a precariedade das condições de seu próprio coração – uma moléstia de que ele morreria em 1911. “De um só golpe”, escreveu ele a seu amigo Bruno Walter – que estrearia A Canção da Terra em 20 de novembro de 1911, na Tonhalle de Munique –, “perdi tudo o que tinha ganhado em termos de quem pensava ser, e tive de reaprender os primeiros passos, como um recém-nascido.”
Um amigo lhe dera um volume de Die chinesische Flöte (A Flauta Chinesa), uma coleção de poemas livremente adaptados por Hans Bethge, publicado no outono de 1907. Bethge não falava chinês, mas baseou-se nas traduções de Hans Heilman (Chinesische Lyrik/Poesia Chinesa) que, por sua vez, partira de duas traduções francesas: Poésie de l’époque des T’ang, do marquês d’Hervey-Saint Denis, e Le Livre de Jade, de Judith Gautier, a filha do poeta Théophile Gautier. Mahler encontrou nesses poemas um eco da crescente consciência que tinha de sua mortalidade, ao lado da expressão do sentimento de que a beleza da Natureza, que o Homem desfruta por um período muito curto, se renova e volta a florescer depois de sua partida. Tanto que, na carta a Walter, ele afirma: “Acho que, provavelmente, esta é a composição mais pessoal que já criei até hoje.”
Muito supersticioso, Mahler tinha consciência da chamada “maldição das Nonas” – o fato de que nenhum compositor alemão, desde Beethoven, conseguira completar mais de nove sinfonias antes de morrer e, por isso, embora desse a Das Lied von der Erde o subtítulo de Uma Sinfonia para Tenor e Contralto (ou Barítono) e Grande Orquestra, não a incluiu entre as suas oito sinfonias precedentes. Mas foi inútil tentar trapacear com o destino pois, após terminar a Nona Sinfonia, morreu tendo podido escrever apenas o primeiro movimento da Décima.
Mahler já tinha incluído movimentos vocais ou corais nas Sinfonias n. 2, 3, 4 e 8, mas esta é o primeiro exemplo integrado da sinfonia-ciclo de canções, que serviria de modelo futuro a compositores como Alexander Zemlinsky (Sinfonia Lírica), Frederick Delius (A Missa da Vida), Havergal Brian (Sinfonia Gótica) ou Dimitri Shostakóvitch (Sinfonias n. 13 e 14).
Embora a sinfonia seja usualmente cantada por tenor e contralto, depois das gravações pioneiras de Dietrich Fischer-Dieskau – primeiro com Paul Kletzki e, depois, com Leonard Bernstein – tornou-se mais comum a substituição da voz feminina pela masculina. A presente gravação documenta a versão para conjunto de câmara: quintetos de cordas e de sopro, piano, celesta, harmônio e percussão. Iniciada por Arnold Schoenberg em 1920 e deixada incompleta, ela foi terminada em 1980 pelo musicólogo alemão Rainer Riehm.
Uma curiosidade: em 2005, Daniel Ng preparou uma versão em cantonês, dialeto escolhido por ser o que mais se aproxima do mandarim da região norte da China, do século VIII e hoje em desuso, no qual os textos originais foram escritos. Lan Shui regeu a estreia em 22 de julho de 2005, com a Sinfônica de Cingapura.
Das Trinklied von Jammer der Erde – A Canção de Taberna do Sofrimento da Terra – baseado em Canção Patética, de Li Tai-Po, o primeiro movimento mistura, como em tantas outras canções de taberna desse grande poeta da dinastia T’ang, a exaltação da bebedeira com uma profunda tristeza, que se traduz no refrão Dunkel is das Leben, ist der Tod (Sombria é a vida, é a morte). A parte do cantor é extremamente árdua, pois o tenor tem de cantar no extremo agudo de seu registro, contra uma orquestra muito poderosa, o que dá à sua voz uma qualidade metálica e penetrante. Segundo o filósofo Theodor Adorno, aqui o tenor deve criar a impressão de “uma voz desnaturada, no estilo do falsetto da ópera chinesa”.
Der Einsame im Herbst – mais suave, menos turbulento, O Solitário no Outono se inicia com um ostinato nas cordas, seguido por solos dos sopros. O poema, Noite de Outono, de Tchang-Tsi, também da dinastia T’ang, lamenta a morte das flores e a efemeridade da beleza. A orquestração é esparsa e camerística, com longas linhas contrapontísticas independentes.
Von der Jugend – fascinante em seu caráter de aquarela – as cores do pavilhão, da ponte de jade, das longas mangas flutuantes, a descrição das imagens invertidas que se refletem na água do lago –, o poema O Banquete no Pavilhão da Família Tao, de Li Tai-Po, recebeu de Hans Bethge o título Da Juventude. É o que tem a música mais obviamente pentatônica, num pastiche de melodia asiática. Todas as imagens – porcelana, jade, água, seda, a meia-lua –, e a ideia de que está tudo de cabeça para baixo, evocam a sensação de fragilidade da juventude.
Von der Schönheit – à Canção das Colhedoras de Lótus, de Li Tai-Po, Bethge deu o título Da Beleza. Este foi o poema mais alterado por Mahler. A música é suave e legato mas há, na seção central, uma passagem animada em que os instrumentos reproduzem o ruído dos cavalos, quando os jovens passam cavalgando entre os salgueiros. Há um longo poslúdio orquestral à passagem cantada.
Der Trunkene im Frühling – o scherzo da sinfonia é O Bêbado na Primavera, adaptado de outra das canções de taberna de Li Tai-Po: Sentimentos ao Despertar de uma Bebedeira em uma Manhã de Primavera. Iniciado, como o primeiro movimento, por um tema da trompa, ele possui grande variedade de andamentos, que se alteram a cada grupo de compassos. Na seção central do poema, há solos de violino e de flauta.
Der Abschied – quase tão longo quanto os quatro anteriores juntos, o último movimento, A Despedida, combina dois poemas: Esperando em Vão pelo Amigo, no Abrigo do Mestre na Montanha, de Mong Kao-Yen, e Adeus, de Wang-Wei, ambos sobre o tema da partida e da separação. Mahler acrescentou-lhes alguns versos que ele mesmo escreveu, em que o cantor repete as últimas palavras como um mantra, acompanhado pelas cordas, bandolim, harpa e celesta, até que a música se perca no silêncio (Benjamin Britten dizia que os últimos compassos eram “impressos no ar”) – um efeito que ele vai repetir na coda do final da N¬ona Sinfonia. A própria consciência se dissolve no infinito e o viajante deixa a terra e a vida para sempre.
Lauro Machado Coelho
A data e o local do lançamento serão confirmados em breve. Acompanhe as novidades em nosso site www.algol.com.br
domingo, 12 de julho de 2009
Arte do Piano e Arte da Regência - Duas obras, duas artes, uma paixão: A música.
O ensaísta Sylvio Lago, lançou pela Algol Editora duas obras essenciais para quem estuda música ou simplesmente aprecia.
Em A Arte do Piano : Compositores e intérpretes ;Sylvio Lago propõe uma análise detalhada da história deste instrumento quase humano. Para tanto, se debruça sobre o instrumento do ponto de vista da criação e da execução. Os ensaios contemplam do cravo ao jazz, de Beethoven a Nelson Freire. A presença do piano na
música brasileira, tanto erudita como popular, ganha capítulo à parte. Nomes como Chiquinha Gonzaga, Sinhô, Ary Barroso, Tom Jobim e João Donato não são esquecidos. O livro Arte do Piano é a mais completa enciclopédia das composições e exibições pianísticas de todos os tempos.
Já em A Arte da Regência: História, Técnicas e Maestro; o ensaísta escreve sobre a história da regência e oferece um estudo sobre o papel dos maestros detendo-se sobre o trabalho desenvolvido por alguns deles.”No capítulo de regência, em que se aborda a gesticulação, sua clareza(mas também seus excessos)e a importância de questões como dinâmica, articulação,fraseado,acentos,é particularmente interessante o trecho em que o autor trata um dos aspectos em quais mais se diferenciam os regentes: a forma de abordar o andamento,a compreensão,frequentemente muito pessoal, que cada um deles pode ter do significado de termos relativamente vagos, como andante ou allegro ma non troppo”, comenta Lauro machado coelho no texto de abertura.
Adquira já seus exemplares pelo site oficial da editora: www.algoleditora.com.br
Ficha técnica dos livros:
A Arte da Regência : História , Técnicas e Maestros
ISBN 978-85-60187-10-2 ;Formato: 17 x 24 cm;832 págs.;Brochura
A Arte do Piano: Compositores e intérpretes
ISBN 978-85-60187-02-7;Formato: 17 x 24 cm;752 págs.Brochura
sábado, 20 de junho de 2009
O Cinema como você nunca viu!!!
O Olhar Selvagem
O Cinema dos Surrealistas
Sergio Lima
O Olhar Selvagem – O Cinema dos Surrealistas é um ensaio aprofundado de Sergio Lima sobre a presença da imagem e suas implicações nas vertentes mais radicais das raízes que configuram esse olhar novo.
“Tais aspectos singulares vêm do humor negro, do sonho e do maravilhoso, da revolta e da subversão, do inconsciente e do amor louco. Ou dos extremos da dinâmica eros-tanatos que configuram o surrealismo. Por seus elementos perturbadores é que as cenas atendem à transgressão proposta pelo movimento desde os ‘anos loucos’ da década de 1920”, define Lima.
Os filmes comentados são, em grande parte, da chamada Época de Ouro de Hollywood, aproximadamente entre as décadas de 1930 e de 1960, como também de um cinema autoral europeu pouco divulgado no Brasil.
Notas de rodapé assinadas por Lima enriquecem e contextualizam as referências teóricas que embasam sua análise. A linguagem é clara e objetiva, prometendo envolver desde os iniciados no estudo da imagem aos leigos amantes da magia do cinema.
A obra inclui cerca de 50 fotos e fotogramas de filmes reproduzidos em grande formato.
Compre já o seu pelo tel (11) 3151-2000 ,pelo e-mail ari@algol.com.br ou pelo site www.algol.com.br
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Hino Nacional na abertura do Prêmio Carlos Gomes
Na cerimônia de entrega do XIIº Prêmio Carlos Gomes de Ópera e música erudita, realizada na noite do dia 11/05/2009 na sala São Paulo, a orquestra sinfônica de Campinas,sob a regência de Ligia Amadio, abriu o espetáculo com uma excecução primorosa do Hino Nacional Brasileiro. &feature=related
A noite estava apenas começando. O evento ainda contou com a presença de Niza de Castro Tank, Marcelo Vannucci e Rosana Lamosa; além,é claro,de todos os premiados citados na lista já divulgada neste blog. Quer ver outros videos da Cerimônia acesse nossa página no Youtube. http://www.youtube.com/watch?v=WuJJIMCALi0
A noite estava apenas começando. O evento ainda contou com a presença de Niza de Castro Tank, Marcelo Vannucci e Rosana Lamosa; além,é claro,de todos os premiados citados na lista já divulgada neste blog. Quer ver outros videos da Cerimônia acesse nossa página no Youtube. http://www.youtube.com/watch?v=WuJJIMCALi0
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Prêmio Carlos Gomes- Lista dos Vencedores
Caros Blogueiros
A noite do dia 11/05 foi de gala. Data em que aconteceu, na sala São Paulo, a cerimônia de premiação do XIIº Prêmio carlos Gomes de música erudita e Ópera. A festa foi linda com a presença dos maiores nomes do gênero, artistas, imprensa e claro a Algol editora.
O Prêmio foi uma realização da Algol editora que por sua vez vem fazendo um maravilhoso papel na divulgação da música clássica com suas edições de altíssimo bom gosto e invejável qualidade gráfica.
Aproveito a oportunidade para divulgar , neste blog, a lista dos vencedores do XIIº Prêmio Carlos Gomes. Mas independente disso, vale ressaltar, que o maior vencedor deste prêmio foram os brasileiros que a cada ano se destacam mais e mais neste seleto universo de música com qualidade.
Os grandes Vencedores do XII Prêmio Carlos Gomes
Solista Instrumental: Sonia Rubinsky
Regente: Fábio Mechetti
Conjunto de Câmara: Quinteto Villa-Lobos
Orquestra Sinfônica: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Cantor Solista: empate de Leonardo Neiva e Rodrigo Esteves
Cantora Solista: Denise de Freitas
Regente de Ópera: Luiz Fernando Malheiro
Direção de Cena: André Heller-Lopes
Figurino: Fábio Namatami
Cenário: Daniela Thomas
Iluminação: Caetano Vilela
Espetáculo de Ópera: O Castelo do Barba-Azul
Troféu Guarany: John Neschling
terça-feira, 28 de abril de 2009
Lançamento do Livro - Prêmio Carlos Gomes - uma retrospectiva
Caros Amigos
Este livro será lançado na sala São Paulo dia 11/05 durante a cerimônia do XII Prêmio Carlos Gomes.
Prêmio Carlos Gomes:
Uma retrospectiva
1996-2006
João Luiz Sampaio
Para que serve um prêmio? São muitas as respostas. De um lado, pode-se querer honrar alguém, concedendo, em seu nome, gratificações a membros dos mais diversos setores; de outro, há simplesmente a busca por estimular e compensar alguém ou algum setor, financeiramente ou em termos de prestígio e reconhecimento; e por que não usar um prêmio como chamariz, uma celebração – ou busca por perpetuação – de um momento histórico, de uma atividade específica, de uma determinada indústria? Foi com um pouco de cada um desses objetivos que, em 1996, surgia o Prêmio Carlos Gomes.
Desde o primeiro instante – e à medida que suas edições sucediam-se – um mesmo credo foi repetido por seus criadores, em especial o então secretário-adjunto de Cultura de São Paulo Zélio Alves Pinto e a promoter Alice Carta: a premiação era criada para homenagear um dos maiores artistas da história do país, o compositor Carlos Gomes; em segundo lugar, para honrar músicos e personalidades que lutavam por sua arte em um contexto muitas vezes pouco receptivo, o mesmo meio que, guardadas as devidas proporções, havia feito com que Carlos Gomes morresse praticamente na miséria em seu país, após uma carreira de prestígio na Itália. Ao mesmo tempo, com a escolha dos melhores da música erudita e ópera brasileiras, esperava se criar um universo de referências para o setor, consolidando seu vigor tanto internamente como perante a vida cultural mais ampla do país.
Lançadas as bases do projeto e partindo em direção à estrada que nos leva da teoria à prática, nos deparamos com a realidade. E um prêmio que pretendia transformar um contexto adverso precisava, antes de mais nada, conseguir sobreviver em meio a ele. Voltemos rapidamente àquele ano de 1996. Carlos Gomes chegava ao seu centenário de morte. Para marcar a data, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo organizava um ciclo de todas as suas óperas, que seriam apresentadas em versão de concerto, já que o sonho de levar ao palco, encenadas, todas as óperas do compositor soava como um objetivo não apenas distante mas, principalmente, improvável. Os problemas não paravam por aí. A dificuldade em encontrar partituras em estados razoáveis de preservação não apenas tornava inatingível a empreitada como flagrava o absurdo – as obras de nosso principal compositor de óperas, cem anos após sua morte, não haviam ainda sido sequer editadas decentemente, fazendo com que nossa percepção de seu legado fosse entrecortada, teórica e distante, na melhor das hipóteses. Além disso, uma visita aos arquivos dos principais jornais brasileiros encontra nos primeiros meses do ano uma infinidade de projetos sendo articulados, montagens, peças de teatro inspiradas na vida de Carlos Gomes, livros, biografias, ciclos de palestras. Mês a mês, no entanto, o nome de Carlos Gomes vai desaparecendo das páginas dos jornais, indicação de que a maior parte daqueles projetos não se concretizou – ou, ao menos, não da maneira esperada, sempre por falta de patrocínio e interesse oficial dos governos.
Outros problemas e questões da vida musical de então poderiam aqui ser levantados. Mas basta tomar como exemplo o estado da obra do patrono do prêmio que então surgia para entender como a vida musical brasileira esteve sempre um passo atrás da maturidade, com o talento em evidência, sim, como também era evidente a falta de condições para que ele pudesse se desenvolver. A falta de verbas, de políticas públicas, de articulação do setor foi, ao longo dos anos, responsável por apartar das demais manifestações artísticas a música clássica e a ópera, diminuindo sua representatividade na vida artística brasileira.
É nesse contexto que surge o Prêmio Carlos Gomes, padecendo, desde o início, dos mesmos problemas de que padecia a vida musical do país. Pequeno em escopo, levou anos até ampliar a galeria de categorias e, consequentemente, de premiados. Mesmo apoiado pelo governo do estado de São Paulo, precisou constantemente buscar na iniciativa privada meios de subsistência – e, nesse sentido, sofreu com as flutuações do mercado. Misturou-se à política e premiou seus próprios incentivadores; em certo momento, nas mãos de Alice Carta, buscando visibilidade e prestígio, flertou com o universo das colunas sociais, embarcou em delírios como o de fazer do prêmio uma iniciativa de caráter mundial, “o Oscar da música clássica”, bagunçando os próprios critérios de escolha dos premiados, que, no mais, sofreram alterações constantes – se no começo um grupo de três ou quatro pessoas, ligadas à Comissão de Música do Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas, era responsável pela escolha dos premiados, ao longo dos anos um colegiado foi formado, permitindo não apenas que artistas votassem em si mesmos como dando voto a figuras do mundo social que nada ou pouco tinham a ver com a música clássica e a ópera. Depois de anos buscando patrocínios e se ligando a instituições públicas (depois da Secretaria de Estado da Cultura, a Fundação Padre Anchieta), seu desaparecimento, em 2007, não foi nem mesmo explicado.
Ao mesmo tempo, porém, o Prêmio Carlos Gomes corrigiu injustiças, premiou artistas que, possivelmente, seriam enterrados pela ação do tempo e do descaso; revelou jovens talentos; deflagrou e consolidou carreiras; acompanhou a descentralização da produção, fenômeno mais marcante dos últimos anos de atividade musical no país; discutiu a importância da memória na construção de uma tradição musical; e sinalizou o desejo de profissionais, críticos e especialistas, de encontrar no mercado musical uma coerência de talento e iniciativas.
Pesando tudo isso, é preciso reconhecer que o Prêmio Carlos Gomes nunca foi perfeito. Bom, também nunca o foi o cenário que ele veio contemplar. No entanto, o saldo de onze edições revela um universo de premiados que, uma pesquisa na programação dos últimos anos mostra, estiveram entre aqueles artistas que mais contribuíram com ideias e projetos para a música brasileira. Se estendermos o olhar para a lista de indicados, a percepção se confirma mais ainda e alivia o fato de que qualquer prêmio tem em sua essência a exclusão – para que alguém ganhe, alguém eventualmente deve perder. Levando em consideração os ventos e ventanias do mercado, da economia e da vida política, o saldo é positivo. Mais do que isso. Em seus acertos e erros, triunfos e dificuldades, de alguma maneira o Prêmio Carlos Gomes conseguiu ser um microcosmo da realidade da música brasileira na última década. Acreditar em sua continuidade é apostar mais uma vez no talento de um setor que, nos últimos anos, apesar de todas as adversidades, cresceu.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Anúncio dos finalistas do XII Prêmio Carlos Gomes
Fim do processo de avaliação
Na última quinta-feira foi encerrado o processo de avaliação dos finalistas do XII Prêmio Carlos Gomes de Ópera & Música Erudita.
Os três ou quatro mais bem colocados na avaliação do colegiado serão os finalistas e concorrerão aos prêmios por categoria.
É esperado para hoje o anúncio dos finalistas desta edição e no dia seguinte começará o processo de escolha dos vencedores através de dois meios de votação.
O primeiro é restrito somente ao corpo de jurados (Músicos, Profissionais e Especialístas do Meio) e a segundo é o Voto Popular aberto ao Usuário de Internet através do nosso site.
Esta chegando a hora de sabermos que serão os grandes vencedores desta edição.
Parctipe você também desta escolha, acesse o site www.premiocarlosgomes.com.br cadastre-se e dê o seu voto.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Lançamento do Livro Ópera à brasileira
Veja o release do livro.
Ópera à brasileira
Organização: João Luiz Sampaio
Sergio Casoy, Heloisa Fischer, Nelson Rubens, Lauro Machado Coelho, Leonardo Martinelli, Roberto Duarte, João Batista Natali, Irineu Franco perpetuo, João Marcos Coelho, Renato Rocha Mesquita, Luis Fernando Malheiro, Jamil Maluf, Cleber Papa, Abel Rocha, Luis Gustavo Petri e Ira Levin.
Obra reúne a opinião de especialistas sobre a presença da ópera em território tupiniquim; suas transformações, funções, diferenciais e sucesso. Considerando questões como qualidade, acesso, espaços, políticas de incentivo, contribuições da mídia, sociabilidade, estética e mercado. Os artigos despertam outros olhares para temas como valoração e valorização excessiva da imagem em detrimento a itens alicerces da ópera como “voz”, por exemplo; a elitização do gênero, as leis de fomento cultural, a empregabilidade de profissionais da área nas instituições de ensino, entre outros. Sintetizando, Ópera à brasileira é um livro que sugere um diálogo conciso e edificante sobre o papel da ópera no Brasil, como confirma o organizador, João Luiz Sampaio, em sua introdução da obra:
“... o livro é uma defesa apaixonada da ópera como forma de arte (...) sua consolidação em nosso tempo, pode ajudar na compreensão e redefinição da vida cultural no país”.
Ficha técnica:
ISBN 978-85-60187-15-7
Formato: 15 x 23 cm
Brochura
200 págs. + caderno 32 páginas com imagens coloridas
Sua presença é muito importante.
evento: 27/03/2009 horário: 19h00 Local: Livraria Cultura - Conjunto Nacional - Av Paulista - São Paulo.
terça-feira, 17 de março de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Feira do Livro PUC 2009
Entre os dias 30/03 e 04/04 acontecerá a feira do livro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ( Perdizes) , com a presença de diversas editoras e dentre elas a Algol.
Esta é a segunda edição da feira, a primeira aconteceu no ano passado e teve uma excelente repercussão entre os alunos da Universidade e de outras instituições.
A Algol editora estará presente com todos os seus títulos, incluindo os CDS. Trata-se de uma excelente oportunidade para que os visitantes da feira tenham contato com este universo, quase virgem para os leitores brasileiros, que a Algol vem explorando.
O Surrealismo no Cinema , a Poesia Soviética do século XX, documentos inéditos de Carlos Gomes, operetas do maior compositor brasileiro, biografias exclusivas, copilações completas sobre a história e o uso do piano / da regência...,música Barroca e ainda canções líricas de singulares composições.
Você, que visitará a feira da Puc, vá até o 1º andar stand 24.Nós estaremos te esperando.
Até lá!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Stabat Mater - A dor de Maria! A dor de todas as mães!
Stabat Mater revela a dor de Maria em seus momentos de aflição que simboliza a angústia de todas as mães.
Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) concluiu seu Stabat Mater no mosteiro franciscano de Pozuolli durante a fase aguda de sua enfermidade, possivelmente tuberculose. Os duetos são uma preciosidade, neste trabalho a interpretação fica por conta de Niza de Castro Tank (considerada uma das maiores interpretes de Carlos Gomes da história)e Fiorenza Cossoto ( mezzo-soprano com uma vasta carreira ma Europa que inclui trabalhos com Maria Callas, Luciano Pavarotti, Plácido Domingos, entre outros).
No repertório, Niza e Cossoto,interpretam Stabat Mater de Pergolesi, Ave Maria e Canto de Verônica de Antonio Carlos Gomes, e também Tristis est anima mea e Ave Maris Stella de José , ambas de Pedro Sant´Anna Gomes, irmão de Carlos Gomes.
Faz, ó Mãe, fonte de amor! / Que eu sinta o espinho da dor, / Para contigo chorar.
O título Stabat Mater (Estava a mãe) corresponde às duas primeiras palavras de um longo poema medieval que narra a angústia de Maria ao ver o filho crucificado. A sua autoria é atribuída ,por muitos, ao Papa Inocêncio III. Além de Pergolessi , outros compositores musicaram este texto; entre eles Rossini, Antonín Dvorák, Krzysztof Penderecki e Karol Szymanowski. Foi uma das últimas composições de Giuseppe Verdi, com suas Quattro Pezzi Sacri (1898).
Estava a Mãe Dolorosa
Em lágrimas, junto à cruz
Da qual seu filho pendia.
Por seu coração que gemia,
Entristecido e pleno de dor
Um gládio transpassava.
Oh,quão triste e aflita
Estava a mãe bendita
Do filho unigênito!
Suspirava e gemia
E tremia ao contemplar
As dores de seu divino filho
Venha se emocionar com esta que é a obra mais marcante, de toda a história da música, sobre a “mulher mãe” que, segundo o cristianismo, ainda hoje olha por nós.
Ficha técnica:Stabat Mater
(Tank / Cossoto) -1CD
Categoria: Música sacra
Giovanni Battista Pergolesi
Niza de Castro Tank, Soprano
Fiorenza Cosotto, Mezzo-soprano
O canto da Verônica
Antonio Carlos Gomes
Niza de Castro Tank, Soprano
Tristis est Anima Mea
Fiorenza Cosotto, Mezzo-soprano
Ave Maris Stella
Sant´Anna Gomes
Niza de Castro Tank, Soprano
Ave Maria
Antonio Carlos Gomes
Fiorenza Cosotto, Mezzo-soprano
Algol Ensemble
Achille Pichi, Regência
Tempo total = 54:22 mins.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Anna , a voz da Rússia
O livro Anna, a voz da Rússia - Vida e obra de Anna Akhmátova é um relato biográfico e avaliação da poesia de Anna Akhmátova, acompanhados por uma antologia em que os poemas, transliterados e traduzidos por Lauro Machado Coelho, intercalam-se ao texto na ordem em que foram escritos.
O livro vem com um CD com poemas declamados no original russo pela própria Anna Akhmátova e, em português, por Beatriz Segall. Traz ainda uma composição Música inédita de Gilberto Mendes, sobre o poema de Anna Akhmátova, interpretada por Adélia Issa, soprano, e Ricardo Ballestero ao piano.
Veja as palavras do autor sobre esta antológica obra.
"Li os primeiros poemas de Anna Akhmátova em 1962, aos dezoito anos, numa antologia bilíngüe da Editorial Progresso organizada pelo poeta chileno Nicanor Parra.Anna Akhmátova nasceu num certo dia de 1906 em que seu pai, ao descobrir que ela escrevia poemas e pretendia publicá-los, disse-lhe: Vê se, pelo menos, não envergonha o nome da família. Ouvindo aquilo, a adolescente voluntariosa adotou, como pseudônimo, o nome da bisavó materna, de origem tártara – escolha muito feliz, pois Akhmátova tem assonâncias muito mais melodiosas do que o seu verdadeiro sobrenome. Esse foi seu primeiro ato de rebeldia. Iósif Bródski, poeta que ela conheceu na velhice, dizia que esse "foi o seu primeiro poema".
No leste-europeu, os poemas costumavam ser declamados e gravados pelos próprios autores em CD. Há de vários outros poetas e a Algol Editora conseguiu os da própria Anna Akhmátova. No final do livro há os poemas em russo e os em português. O CD traz a cada poema declamado por Akhmátova, a versão em português interpretada pela Beatriz Segall. O CD finaliza com a composição de Gilberto Mendes baseado no poema de Anna Akhmátova, interpretada por Adelia Issa, soprano, e Ricardo Ballestero ao piano.
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